Reflexão para 2009

Antes de mais nada, quero desejar a todos os meus leitores, freqüêntes ou eventuais, um Ano Novo de muito sucesso, saúde, felicidade e prosperidade.

E dando continuidade a seqüência a série “entenda a crise”, mais uma história na linha da elogiada “bar do biu“, anteriormente publicada por mim.

“Uma mulher vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes. Divulgava seu negócio com cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais ela comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Seu cachorro quente era o melhor de toda região! Vencedor, conseguiu pagar boa escola ao filho, que foi estudar economia numa das melhores faculdades do país.

O filho formado, voltou para casa recentemente e notou que a mãe continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele: – Mãe, há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. O brasil vai quebrar.

Com medo da crise, a mãe procurou um fornecedor de pão mais barato (e claro pior) e começou a comprar salsichas mais barata (que era também a pior). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada e, abatida pela noticia da crise, já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas “providências”, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportaveis e o negócio de cachorro quente da velha quebrou!

A mãe, triste, então falou para o filho: ‘você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise’. E comentou com os amigos, orgulhosa: ‘bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise’…

A grande lição: vivemos em um mundo contaminado de más noticias e se não tomarmos o devido cuidado, essas más noticias nos influenciarão a ponto de roubar a nossa felicidade e prosperidade de nossos negócios, enfim arruinando nossa vida. Por isso, aproveite as oportunidades do momento; trabalhe e consuma como sempre, assim terás sucesso!”

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Datafolha: 64,5 milhões de internautas

É impressionante como a Internet está crescendo no Brasil e já alcança todas as classes sociais, tornando-se a 2a. mídia de massa no país.

Realizada semestralmente pelo Instituto Datafolha a pedido da F/Nazca, a pesquisa F/Radar revelou que o número de internautas brasileiros chegou aos 64,5 milhões em agosto de 2008 – 5,5 milhões a mais do que o número registrado no primeiro semestre do ano. Isso significa dizer que 48% de toda a população nacional maior de 16 anos já possui acesso à rede. Ao todo foram realizadas 3.003 entrevistas, distribuídas em 172 municípios, sendo que 40% envolvem regiões metropolitanas e 60%, o interior.

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os resultados mostraram que, mais uma vez, a renda da população não possui ligação direta com o acesso do brasileiro à internet, uma vez que 28% acessaram a rede a partir de locais públicos de acesso pago, como as lan houses; 21% o fazem de computadores de amigos ou parentes; 13%, do ambiente de trabalho; e cerca de 10% a partir de faculdades e universidades.

Esses dados também confirmam a rede como segunda maior mídia de massa do Brasil, o que justificaria mais investimentos na mídia online. Pela primeira vez incluída no estudo, a internet móvel (smartphones, celulares, PDAs e iPhones) apareceu com 6% do total de acessos. A freqüência com que ocorre o contato do brasileiro com a internet também cresceu, sendo que 38% dos entrevistados afirmaram acessar a web diariamente e 10%, de quatro a seis vezes por semana, o que resulta em 48% de usuários considerados heavy users. Contabilizando os 21% que navegam de duas a três vezes por semana e os 18% que o fazem uma vez por semana, a pesquisa concluiu que 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente e que a média de acessos é de quatro dias nesse período.

Para onde o Yahoo! quase vai agora?

Do you Yahoo!? Este foi o bordão que mais me marcou no início da revolução ponto-com. O Yahoo! era precursora deste mercado e a única já capitalizada para fazer propagandas de TV.
Mas, talvez este marco tenha ficado apenas na história, pois ninguém pode ao certo dizer para onde vai o Yahoo!

Após várias quase-revira-voltas neste ano – incluindo uma quase compra pela Microsoft, uma quase parceria com o Google, uma quase fusão com a AOL, alguns lançamentos de produtos quase novos como o Yahoo! Web Analytics e até um quase patrocínio de eclipse – a empresa parece agora sem um rumo definido, sem um posicionamento único para a empresa.

Analisando os dados da comScore, podemos obsevar que desde agosto o Yahoo! perdeu a segunda posição em buscas para o You Tube (empresa do Google), deixando o Google Corp. cada vez mais folgado na liderança de busca de todos os tipos na web. Veja os dados publicados sobre o ranking dos buscadores expandidos dos EUA:

fonte: comScore.com

Enquanto isso, a situação se complica também na cúpula administrativa da empresa, culminando na retirada do fundador Jerry Yang da presidencia da Yahoo! Movimento inevitável desde que começaram as diferenças entre o fundador e os acionistas da empresa, após Yang boicotar a proposta de compra da empresa pela Microsoft a US$ 33,00 por ação – atualmente os papéis estão cotados a US$ 10,63.

A empresa também anunciou um corte de 10% em sua força de trabalho mundial. Mas, o que está realemente claro é que a empresa inovadora que criou modelos como os negócios de Portais, de serviços gratúitos, de buscadores e de marketing online, dentre outros, precisa voltar a inovar e se recriar! Não fazê-lo significa correr o risco de se tornar apenas uma sombra de sua versão melhorada e ampliada – o Google.

O efeito iPhone

Segundo dados da Anatel, após quatro anos na terceira posição entre as operadores de celular do Brasil, a Claro (25,33%) finalmente ultrapassa a TIM (25,02%) em setembro e se torna vice-líder de mercado, atrás apenas da Vivo (30,03%).

Por acaso ou não, isso acontece justo no mês do lançamento do iPhone pela mesma. Aliás, as duas líderes do mercado hoje são as únicas comercializando o aparelho no país, desde 26 de setembro.

Enquanto isso, dados da PREDICTA (consultoria de marketing online e métricas) apontam o crescimento do acesso móvel a conteúdos online pelo aparelho – e este consumo de dados no celular é justamente a mais nobre fonte de receita das operadoras. Segundo medições da Predicta, após seu lançamento oficial no Brasil, o iPhone pela primeira vez ultrapassou o consumo de dados de todos os demais aparelhos somados.

Parece que a TIM comeu poeira atrasando o seu lançamento do iPhone (anunciado há muito tempo, mas ainda sem data definida), o que prejudica seu posicionamento de mercado e faturamento com serviços de dados.

A crise financeira dos EUA em linguagem de boteco…

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça, na caderneta, à fiel freguesia: todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (essa pequena diferença é o custo que os pinguços pagam por ter crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas do bar são, afinal, uma bolada a receber (que batiza brilhantemente de “recebível”) e começa a adiantar dinheiro à bodega tendo o pendura dos pinguços como garantia.

Mais adiante, uns zécutivos financeiros, com dois emibiêi cada, utilizam os tais haveres do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, UFO, FDP, PQP, SOS ou qualquer outro sigla financeira que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Essas invencionices financeiras dos zécutivos gênios turbinam o giro do mercado de capitais e levam os patos, quer dizer, os investidores leigos, a fazer negócios derivados de outros negócios, e por isso se chamam brilhantemente de “derivativos”, que tem como base inicial o aquilo que todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses ‘derivativos’ são negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de dezenas de países.

Isso até o dia que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência, que não paga o banco, que não honra seus derivativos, etc, etc, etc…

E toda a cadeia entra em ‘crise sistêmica’. Ou, como diria seu Biu: Sifu!

Violinos e Canhões

O tema mais apropriado nesta semana certamente é a oscilação da bolsa de valores. E vem a calhar… Estou começando a saber brincar com isso, ainda como pequeno investidor, operando os valores mínimos do home broker, mas é divertido ver erros e acertos.

Após quase seis anos operando, finalmente ganhei a tranquilidade necessária. Saber que na bolsa se vende ao som de violinos e se compra ao som de canhões. Na teoria é fácil, mas ter humildade para vender quando tudo está bem, mesmo parecendo que ganharia mais, e realizar o lucro logo é difícil. Mais difícil ainda é comprar mais ações no meio da crise, vendo seu dinheiro ir embora nas ações anteriormente compradas.

Mas, funciona! Em dezembro, quando tudo ia bem, pela primeira vez tirei boa parte do dinheiro e comprei um carro; lucro realizado! Esta semana, após 25% de perda, resolvi arriscar tudo e comprei mais ações na quarta-feira. Desde de então já valorizaram quase 15% o que equilibra a carteira e elimina as perdas. Com isso, resolvi criar um regra própria: use suas emoções pela bolsa de forma canalizada para o consumismo; quando estiver eufórico com os ganhos, gaste dinheiro tirando-o da bolsa; quando estiver nervoso com as perdas, aperte mais o cinto e coloque mais dinheiro na bolsa.

Se a crise já passou, acho que não! Se vale investir agora, tenho quase certeza que sim (se for para médio ou longo prazo). Mas, com cuidado na escolha das empresas – procure Petrobras, Vale do Rio Doce, MMX; evite bancos, construtoras, corretoras e empresas dependentes dos EUA. Mas, bancos aliás tenho esperanças, pois a crise os colocará em cheque, mas no Brasil eles são 100% sólidos e lucrativos; em algum momento o mercado internacional deverá ver isso e investir neles (mas não agora, talvez nem no próximo ano).

Este cenário todo me lembrou a “Bolha da Internet” do inicio do milênio. Promessas foram cumpridas e o mercado viu que construíra um modelo insustentável, punindo as empresas com a desvalorização. Mas, é interessante lembrar que tudo passou! As empresas sérias perpetuaram-se e cresceram – veja onde o Google e o Yahoo! chegaram. Aliás, as empresas.com hoje passam sem tremer com a crise, pois tem modelos de negócios sérios. Tudo que era prometido antes da bolha delas, hoje é cumprido: existem modelos de negócios sólidos, não gastam dinheiro sem razão, se planejam e contratam executivos experientes. Um primor de aprendizado e bom destino para investimentos.

Também assim será com esta crise. Não é o fim de nada; é apenas uma faxina, uma necessária limpeza Darwinista para deixar sobreviver apenas as empresas mais fortes. O mercado precisa disso de tempos em tempos. E o bom é que com isso o capital antes em empresas podres estará novamente disponível no mercado para financiar o crescimento das empresas fortes.

Para quem tiver capital disponível para longo prazo e nervos de aço, este é o momento certo para entrar no mercado e colher os frutos de recomeço no futuro. Pode perder um pouco agora, mas se for uma empresa grande (mais de R$ 5 bilhões de valor de mercado) e sólida, irá ganhar muito no futuro com a recomposição do real valor das ações.

Fim do monopólio entre os navegadores

O monopólio da Microsoft no segmento de navegadores pode estar chegando ao fim. Seu principal concorrente, o Firefox continua crescendo mês a mês e a entrada do Google nessa briga deve acelerar esse processo.

Enquanto a utilização do Mozilla saltou de 6% em janeiro para 8,5% em agosto, o Internet Explorer acumula esse ano uma queda de 2.61 pontos percentuais, segundo dados apurados pela Predicta, consultoria especializada na análise do comportamento de navegação dos internautas brasileiros. Adicionalmente, hoje o Google lançou a primeira (e ótima) versão do seu navegador: o Google Chrome.

Segundo Fred Pacheco, gerente de Business Intelligence da consultoria, outros negócios da Microsoft podem ser afetados. “Essa queda tem impacto direto no multimilionário mercado de buscadores, já que o padrão do IE é o Live Search da Microsoft, contra o Firefox e o Chrome, que usam o Google.” afirma o executivo. “Considerando o poder de penetração do Google no mundo online, o cenário desse mercado promete mudar radicalmente nos próximos meses”, complementa Fred.

Até julho apenas 34% dos usuários de Firefox utilizavam a versão 3.0, no mês de agosto esse número saltou para 44%. Enquanto isso, a Microsoft promete a nova versão do IE para o final do ano. A Apple correndo por fora também vem conquistando mercado no Brasil, passando de 0,56% em janeiro para 0,88% em agosto, com acessos pelo Safari.

Para se chegar a esse resultado a equipe de inteligência da Predicta, que foi considerada pela WAA (Web Analytics Association) a melhor consultoria de Web Analytics das Américas, analisou todos os dados gerados pelo Predicta Atmosphere, ferramenta de observa o comportamento de navegação usuários de internet por meio de métricas de audiência e que consegue identificar o sistema operacional pelo qual o visitante está acessando os sites dos clientes da Predicta. “Se considerarmos um período de 30 dias, podemos dizer que mais de 98% dos internautas brasileiros foram expostos a uma das ferramentas da Predicta.”, finaliza o executivo.

Esquenta briga de navegadores da Internet

Reproduzo abaixo matéria publicada sábado na coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo.

A guerra travada entre os concorrentes da Microsoft pelo mercado de navegadores da internet (programas que permitem aos internautas acessar a rede) ganhou um novo capítulo no Brasil. É o que mostra pesquisa da Predicta, que monitora acessos de brasileiros na rede.

Entre maio e julho de 2008, o acesso à web pelo Firefox, navegador da Mozilla, cresceu 36%, saindo de 6,1% de participação do mercado para 8,23%. Segundo os executivos da companhia, o país desponta como um dos principais em novos adeptos. Isso pôde ser comprovado com o lançamento do Firefox 3. Essa versão deixou o acesso aos sites mais rápido. Nesse período, o Firefox 3 entrou para o livro dos recorde

s por registrar o maior número de downloads (o programa para instalá-lo no computador é extraído da internet) em um único dia. Ao todo foram 28 milhões, sendo 598 mil baixados no Brasil.

Para Fred Pacheco, gerente de Business Intelligence da Predicta, os números fizeram a Microsoft antecipar o lançamento da nova versão do Internet Explorer para o fim do ano. No Brasil, a participação da empresa de Bill Gates caiu de 93% para 90,7% no período.